“Se tu és o Cristo, dize-nos. E lhes disse: Se eu vo-lo disser, não o crereis; e se Eu também vos perguntar, não me respondereis nem soltareis.De hoje em diante, o Filho do Homem se assentará a direita do poder de Deus.” (Lucas 22: 67,68)
Bom dia amados!!!
Na passagem de Lucas 22, vemos os escribas e sacerdotes, questionando e desafiando Jesus sobre sua identidade e autoridade.
Voltando um pouco no contexto, podemos observar que eles não tinham achado nada que testemunhasse contra Jesus. A única coisa que eles tentavam usar contra o mestre, era o mesmo motivo de sua revolta: a VERDADE!!
Estavam tomados de ódio por Jesus ter feito tantos milagres e maravilhas, ensinado sobre o Pai com autoridade, e ter se revelado de forma ousada desafiando suas convicções. Queriam culpá-lo a qualquer custo.
E mesmo tendo passado por um julgamento diante das autoridades locais e sido achado inocente, os escribas e fariseus estavam irredutíveis diante de sua decisão em punir o mestre.
Abordado esses pontos principais, quero falar hoje com vocês sobre a urgência de termos um coração quebrantado e ensinável.
O que percebi através dessa passagem é que muitas vezes nos comportamos como esses homens de duras cerviz. Somos um povo chamados filhos da luz e da graça, convocados para proclamar a verdade, mas que por muitas vezes tem se revoltado e ofendido contra a Palavra.
Acredito que todos já vivenciamos situações em uma ou mais áreas, nas quais Deus já havia manifestado Sua vontade, e mesmo assim ao invés de se arrepender, aprendendo com a correção, ficamos emburrados e revoltados com isso.
Não aceitamos o ensinamento e a repreensão, porque nosso ego frágil já está CONVICTO daquilo que queremos acreditar.
Afinal de contas, assim como os escribas e fariseus estavam acostumado a lei e a hipocrisia, nós também temos dificuldade em mudar de direção coisas que já estão confortavelmente estabelecidas uma vida inteira.
O arrependimento gera muito desconforto, e apelamos para nossa justiça própria, para a preservação da nossa carne e dos nossos sentimentos.
Por isso em determinados momento da nossa vida cristã, mesmo tendo a verdade exposta e revelada, recusamo-nos a ouvi-la e rejeitamos a mudança.
Mas não é bom que seja desta forma.
Quando endurecemos o coração, logo passamos a agir como vítimas e hipócritas.
Recusamos a escutar a verdade (E lhes disse: “Se eu vo-lo disser, não o crereis”), e mesmo que alguma pessoa com maior autoridade e entendimento julgue os fatos- ficamos com raiva questionando aquilo que o Senhor já revelou a nós.
Mais à frente, no versículo 68, vemos que aqueles homens O resistiram e desafiaram por tanto tempo, que Jesus parou de respondê-los. Ele simplesmente declarou que a partir dali, não trataria mais com eles, mas se reservaria ao seu lugar de glória, independente de se arrependerem ou não.
Ou seja, chega um momento que ao resistirmos tanto a Deus, Ele se cala.
Mas não devemos apagar Sua voz:
“Não apagueis o Espírito”. (ITessalonicenses 5:19)
Nossa opinião e nossas razões não mudam quem Ele é nem os seus princípios estabelecidos.
Ele continua sendo Deus perfeito e justo, e nós colhemos as consequências de toda teimosia.
O Senhor é bom e respeita nossas limitações e infantilidades durante um longo tempo. Mas a verdade é que as nossas convicções e tradições não possuem valor algum se contradizem a Palavra.
Deus não deixa de nos amar quando agimos desta forma. O problema é que ao recusarmos a escutar a verdade, abrirmos brechas para o diabo sendo abatidos pelas consequências do nosso orgulho.
Não temos estrutura para suportar essas consequências e com isso, muitos acabam culpando a Deus por suas mazelas se afastando de vez.
“Quem insiste no erro depois de muita repreensão, será destruído, sem aviso e irremediavelmente.”(Provérbios 29:1)
Fica muito difícil escutar a voz de Deus e obedecer se você já decidiu o que quer ouvir. Lembre-se que o inimigo e a sua própria razão sempre irão lhe dizer aquilo que agrada sua carne.
Por isso devemos ser aperfeiçoados dia após dia no amor de Cristo, descrito em I Coríntios13. É ele que irá nos manter humildes, ensináveis, quebrantados e aptos para receber de bom grado as orientações de Jesus, nos movendo no propósito e participantes da herança completa.
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