“Jesus falou muitas coisas por parábolas, dizendo: “O semeador saiu a semear. Enquanto lançava a semente….. Outra parte caiu no meio dos espinhos, que cresceram e sufocaram as plantas. “. (Mateus 13: 3, 4a, 7)
Bom dia, amados do Senhor. Hoje vamos falar um pouco sobre a parábola do semeador, mas por uma perspectiva um pouco diferente.
Jesus nos ensina que a sua Palavra (semente) é lançada em diversos tipos de corações (solos). E por diversos motivos, essas sementes não prosperam devido a qualidade e a profundidade do mesmo.
Porém, especialmente no versículo 7, Jesus explicou um dos motivos pelo qual a semente morreu: a preocupação com as coisas desta vida a sufocaram tornando-a infrutífera.
Isso me fez refletir sobre como muitas vezes perecemos não por falta de conhecimento, mas pelo fato do nosso solo não estar preparado para recebê-lo.
Ouvimos mensagens carregadas de glória e poder, mas conseguimos fixar muito pouco, e logo voltamos as mesmas práticas e pensamentos sabotadores que nos levam para longe dos caminhos do Senhor.
Ou até mesmo, aqueles que tem o hábito de ler a Palavra todos os dias, mas em um determinado ponto, acabam por não reter mais a revelação que o Espírito Santo quer dar livremente.
Isso acontece porque nossas almas estão entulhadas de traumas, problemas e justiça própria -adquiridos ao longo da nossa existência.
Obviamente, todos nós temos esses pontos a tratar. A questão é que raramente fazemos algo para “limpar” o solo das nossas almas. Normalmente, esperamos que Deus faça um milagre sem termos que fazer esforço algum. E de preferência não queremos sentir nenhum incômodo ou logo fechamos as portas para o tratamento do Espírito Santo.
Então, ficamos com nossas almas cheias de “espinhos” e “ervas daninhas”, e por melhor e mais ungida que seja a mensagem, ela não produz frutos. Pois é sufocada rapidamente pelas nossas dores.
Mas veja o que a bíblia diz em outro versículo:
“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que proveis qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2)
Observe: ele não diz que Deus iria renovar a nossa mente. Mas que NÓS devemos fazer isso. Que devemos adotar uma postura de indignação ao sistema mundano de viver, buscando renovo. Ao ponto que a vontade de Deus, contida na Palavra, nos seja revelada de forma clara e plena.
Quanto mais nos dispomos a “limpar” a nossa mente, mais Deus pode operar com a Sua graça em nosso favor. E assim, gradativamente, a Palavra vai crescendo e trabalhando por nós, até que nossas emoções estejam alinhadas com a lei do amor.
Dificilmente uma pessoa magoada irá conseguir ter forças para aceitar que precisa perdoar. Mesmo que esteja escrito e lhe seja ensinado.
Primeiro, ela precisa querer arrancar as raizes de mágoa e razão da sua alma machucada. E só depois começar a semear versículos sobre perdão, regando todos os dias com fé e ações de graça.
O grande problema é que “limpar o solo” passa por um processo longo e delicado. A dor acaba fazendo com que muitos de nós desistam no meio do caminho, jamais experimentando o amor e a vontade de Deus em sua plenitude.
Precisamos entender que nosso Pai jamais pediria algo que não fosse em nosso benefício. Portanto, podemos afirmar, seguramente, que há uma graça disponível para sermos renovados. Que a dor de despojar a alma de todo peso, não se compara com a glória de sermos livres para viver a vida que Ele planejou para nós.
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