“Qual de vocês que possuindo cem ovelhas, e perdendo uma, não deixa as noventa e nove no campo e vai atrás da ovelha perdida, até encontrá-la?
e quando a encontra, coloca-a alegremente nos ombros
e vai para casa. Ao chegar, reúne seus amigos e vizinhos e diz: ‘Alegrem-se comigo, pois encontrei minha ovelha perdida.’
Eu digo que, da mesma forma, haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam arrepender-se.” ( Lucas 15:4-7 )
Em Lucas 15:4-11 vemos Jesus ensinando através de uma parábola que ficou conhecida como a “parábola das noventa e nove ovelhas”, a qual muitos acabam usando para pregar sobre evangelização.
Mas hoje quero abordar algo um pouco diferente. Ao ler estes versículos o Espirito Santo me ensinou sobre amor, humildade e arrependimento. Se lermos o inicio da história, veremos que Jesus contou esta parábola em reposta aos fariseus (hipócritas) e aos mestres da lei (aqueles intitulados homens de Deus na época ). Isto devido ao fato de reprovarem o comportamento de Jesus, que se misturava e comia com pessoas de má fama.
Note que no versículo 4, mesmo a ovelha tendo se perdido, o bom pastor ( Jesus ) vai atrás dela para resgatá-la, e não o contrário. Esse versículo mostra o tamanho do amor de Deus pela humanidade, por mais que esteja desgarrada e perdida, o Senhor sempre está interessado em trazê-la para perto de Si. Deus se ALEGRA quando finalmente acontece esse encontro (versículo 5,6). Diferentemente do que algumas pessoas imaginam, Deus não está ansioso para castigar, acusar ou condenar as pessoas… mas sim para resgatá-las para Si. E quando isso acontece Jesus mostra claramente que é motivo de grande festa e alegria.
Um outro ponto muito importante, é o fato de Deus deixar as noventa e nove para resgatar somente UMA. E em seguida mostra que há mais alegria em uma única pessoa que decide mudar de direção, comportamento (arrependimento) do que noventa e nove pessoas que se dizem seguidores de Jesus (justos) mas que não mudam em nada e não produzem frutos que mostrem o amor de Deus operando em suas vidas.
Fica claro que Deus não se importa com o número de pessoas que vivem suas vidas nos moldes eclesiásticos -enfiadas na igreja, com aparência de bondade e seguindo milhares de regras- mas sim com corações verdadeiramente arrependidos e rendidos à Ele.
Não me interprete mal, não estou dizendo aqui que os cristãos devem se portar de qualquer jeito, sem ordem e decência, e menos ainda que devem deixar de congregar! Mas o comportamento decente deve ser consequência de um caráter transformado pelo amor de Cristo e não uma mera fachada vaidosa para parecermos pessoas do bem e amenizar a nossa consciência.
O verdadeiro evangelho deve produzir transformação. E essa transformação acontece de dentro para fora, com a ajuda do Espirito Santo, através do amor e da graça de Jesus. É sobre SER antes de PARECER!!!
Pense comigo, uma árvore frutífera não precisa se esforçar para dar frutos, ela só precisa estar nutrida e esperar a estação certa… os frutos são consequências da sua existência, é algo esperado e natural para qual ela foi criada. Assim é com conosco quando decidimos com humildade seguir a Jesus: somos transformados pelo seu grandioso e ousado amor, e frutificamos naturalmente na estação certa.
Alem disso, se pudéssemos alcançar a Deus através de “transformações” externas de acordo com as nossas regras, a graça de Cristo seria anulada e a glória de Cristo ofuscada pela nossa vaidade.
Um outro exemplo disso, está em Lucas 18:9-14. A parábola na qual ambos o fariseu e o publicano oram à Deus, mostrando a condição dos seus corações. O primeiro se achega a Deus exaltando sua própria bondade e justiça. O segundo, no entanto, se coloca aos pés do Senhor e clama por misericórdia- reconhecendo suas falhas e fraquezas. Jesus, então, conclui dizendo: “Todo aquele que se exaltar será humilhado, e o que se humilhar sera exaltado”.
Dessa forma, amados, aprendemos através de Jesus, que o esperado de nós, discípulos e filhos, é que sejamos sempre humildes. Além disso, precisamos, constantemente, vigiar as verdadeiras motivações das nossas almas, para que, no tempo certo, venhamos a dar frutos, alegrando ao coração do nosso Pai.
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